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A Tabela das Nações | Gênesis 10:1–32

  • Foto do escritor: João Pavão
    João Pavão
  • 31 de ago.
  • 11 min de leitura
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O capítulo 10 de Gênesis, tradicionalmente chamado de “Tabela das Nações”, apresenta a genealogia dos filhos de Noé – Sem, Cam e Jafé – e descreve a origem das nações após o Dilúvio. Trata-se de um registro único na literatura antiga, pois traça todas as nações conhecidas partindo de um ancestral. Ao todo são listados 70 descendentes (entre filhos, netos e povos) – número provavelmente simbólico de totalidade – correspondendo aos 70 membros da família de Jacó que desceram ao Egito. Essa estrutura tríplice (Jafé, Cam, Sem) não visa ser uma lista exaustiva de todos os povos, mas apresenta aqueles mais relevantes no contexto bíblico. Inicialmente, pinta-se um quadro positivo e unitário da humanidade: todos os povos são aparentados, pois vêm dos filhos de Noé, vivendo em relativa harmonia e cumprindo o mandato de “encher a terra” (cf. 9:1) ao se espalharem por várias regiões. No entanto, essa impressão será equilibrada pelo relato subsequente da Torre de Babel, que explicará a diversidade de línguas e dispersão como resultado do juízo divino sobre o orgulho humano.


“Estas são as gerações dos filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio.” – Aqui começa a sétima seção de “toledot” (história/gerações) em Gênesis (cf. 2:4; 5:1; 6:9 etc.), indicando uma nova unidade literária. A frase inicial resume o conteúdo: serão listados os descendentes dos três filhos de Noé, de quem “nasceram filhos após o dilúvio”, ou seja, toda a população pós-diluviana descende deles. A menção explícita do dilúvio tanto na abertura quanto no fechamento da tabela (v.32) funciona como parêntese que enquadra este capítulo entre os atos de juízo universal de Deus. Isso relembra que, embora a humanidade tenha recomeçado e se multiplicado, permanece sob a sombra da possibilidade de juízo divino se repetir, preparando tematicamente o leitor para a história de Babel a seguir.


Descendentes de Jafé


Jafé, o filho mais novo (segundo Gn 9:24, 27), é mencionado primeiro, talvez porque seus descendentes eram os mais distantes geográfica e culturalmente de Israel. Seus sete filhos listados (Gômer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras) deram origem a nações principalmente ao norte e oeste do território israelita. Exemplo: Javã (Yavan) é identificado com os gregos jônicos (Ionia), Kittim (descendentes de Javã, v.4) refere-se às ilhas do Mediterrâneo como Chipre, e possivelmente outras terras costeiras, pois o verso 5 menciona que “destes procederam os povos das ilhas (ou costas) do mar”. Essa expressão indica as regiões marítimas do Mediterrâneo, habitadas pelos jafetitas. Em geral, pouco comentário adicional é dado sobre os povos de Jafé – “apenas seus nomes” são registrados – sugerindo que, do ponto de vista do autor, eles tinham menos relevância direta na história de Israel. Historicamente, podemos relacionar alguns desses grupos: por exemplo, Gômer costuma ser associado a povos ao norte do Mar Negro (Cimerianos), Magogue possivelmente a tribos do Cáucaso ou da estepe eurasiática, Madai aos medos (Média, no atual Irã) e assim por diante. O foco, porém, não está em detalhes sobre eles, mas em mostrar que mesmo povos distantes pertencem à mesma árvore familiar de Noé. O verso 5 conclui enfatizando que desses descendentes “se espalharam as nações em suas terras, cada qual segundo sua língua, segundo seus clãs e povos.” Notemos aqui um antecipação: menciona-se já a diferenciação de línguas, o que cronologicamente antecipa o resultado da Torre de Babel (Gn 11). Ou seja, o capítulo 10 descreve o quadro final da dispersão dos povos por línguas e terras, enquanto o capítulo 11 retrocede no tempo para explicar como e por que essa diversidade linguística surgiu. Não há contradição, mas sim complementação: primeiro a tabela genealógica dos povos, depois a narrativa etiológica que explica a divisão deles.


Descendentes de Cam


A lista dos filhos de Cam é deliberadamente a mais desenvolvida, refletindo o interesse especial do autor por esses povos, que incluíam os principais inimigos de Israel na história bíblica. Cam teve quatro filhos: Cush, Mizraim, Pute e Canaã (v.6). Destes, originaram-se tanto povos pouco conhecidos quanto as potências vizinhas de Israel. Por exemplo, Mizraim é o nome hebraico para o Egito, e Canaã designa os vários povos cananeus que habitavam a terra prometida antes da conquista israelita. A menção de Canaã aqui conecta com o episódio anterior em que Noé amaldiçoou Canaã (Gn 9:25-26); assim, todos os cananeus listados descendem do filho amaldiçoado de Cam, marcando-os como objeto do futuro juízo divino e justificando a possessão da terra por Israel.


  • Versos 6–7: Aqui são elencados de forma sucinta (“brevidade telegráfica”) os descendentes iniciais de Cam: de Cush (etimologicamente relacionado à Etiópia/África subsaariana) vieram Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e de Raamá vieram Sabá (Sheba) e Dedã. De Mizraim (Egito) vieram Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim, Patrusim, Casluim, dos quais descendem os filisteus, e Caftorim (v.13–14). Nota-se que o texto faz um “flashback” genealógico após o verso 7: antes de listar os descendentes de Mizraim e Canaã, interrompe-se a sequência para introduzir um personagem especial da linhagem de Cush: Nimrod.

  • Versos 8–12 (Nimrod, neto de Cam via Cush): Nimrod recebe atenção incomum – quatro versos – indicando sua importância. Ele é descrito como “o primeiro homem poderoso na terra” (v.8) e “poderoso caçador diante do SENHOR” (v.9), expressão que se tornou provérbio na época (“Como Nimrod, poderoso caçador diante do SENHOR”). A palavra hebraica para “poderoso” aqui é gibbōr (גִּבּוֹר), indicando um herói valente ou gigante. Isso sugere que Nimrod era visto como um fundador de impérios e cidades, um grande conquistador. De fato, diz o texto que “o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar” (v.10), e que ele também esteve ligado a Nínive, Reobote-Ir, Calá e Resém, na Assíria (v.11-12). Ou seja, Nimrod é creditado como fundador de Babel (Babilônia) e outras principais cidades mesopotâmicas, bem como cidades da Assíria (embora haja debate se o sujeito do v.11 é Nimrod ou Assur; de toda forma, a tradição conecta Nimrod à fundação de Nínive). O fato de Babel ser o primeiro centro de seu reino mostra a proeminência de Babilônia desde os primórdios da civilização pós-diluviana. O nome Nimrod não é explicitamente explicado no texto, mas muitos estudiosos observam que em hebraico ele se assemelha à forma do verbo mārad (מרד) que significa “rebelar”. Assim, Nimrod pode significar “nós nos rebelaremos” – o que é bastante apropriado considerando o próximo relato da rebelião humana na torre de Babel. Como grande caçador e guerreiro, Nimrod encarna os ideais dos reis heróis mesopotâmicos (pense em figuras semi-lendárias como Gilgamesh). Alguns veem até uma possível conexão com o episódio dos “gigantes” de Gn 6:4 – onde heróis de fama eram associados a uniões ilícitas – pois chamar Nimrod de gibbōr e dar a ele status quase sobre-humano poderia insinuar pretensões semidivinas. O texto ressalta que ele era “diante do Senhor” um poderoso caçador – possivelmente indicando que, apesar de sua fama e força, ele não escapava ao olhar julgador de Deus. Nimrod representa o progresso cultural (cidades, reinos) mas também a semente da arrogância humana que culminará em Babel. O interesse do autor bíblico nessa figura deve-se ao fato de que Nimrod está ligado à origem dos reinos que futuramente oprimirão Israel: Babilônia e Assíria (potências mundiais) têm em Nimrod um ancestral simbólico. Sua inclusão na genealogia de Cam reforça a ideia de que os “filhos de Cam” englobam as nações que caíram sob a maldição de Noé e que se tornariam inimigas do povo eleito.

  • Versos 13–14: Retomando os filhos de Mizraim (Egito) – aqui provavelmente listando povos ou tribos originários do antigo Egito: Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim, Patrusim e Casluim, e nota que deste último saíram os filisteus (povo que historicamente veio de Caftor, possivelmente Creta). A menção dos filisteus (inimigos contumazes de Israel no período dos juízes e reino unido) ressalta outra vez a preocupação teológica do autor: mostrar a origem desses povos adversários. Os filisteus são colocados como descendentes de Mizraim/Cam, em vez de serem associados a Jafé ou Sem, sublinhando a narrativa de maldição e conflito.

  • Versos 15–19: Aqui temos os descendentes de Canaã, o filho amaldiçoado de Cam. São listados os clãs que povoaram a terra de Canaã: Sidom (fundador de Sidon, cidade fenícia), Hete (ancestral dos hititas), e várias tribos conhecidas do relato da conquista: Jebuseus (Jerusalém), Amorreus, Girgasitas, Hivitas, Arquitas, Sinitas, Arvadeus, Zemareus e Hamateus. Estes últimos são menos conhecidos, mas relacionados a cidades-estado no Líbano/Síria (Arvade, Hamate). O versículo 18 conclui que “depois se espalharam as famílias dos cananeus”. Ou seja, esses povos se ramificaram e ocuparam território. O verso 19 define as fronteiras de Canaã: “desde Sidon (no extremo norte, costa do Líbano) até Gerar, perto de Gaza (sudoeste), e até Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa (provavelmente ao sudeste)”. Essa delimitação norte-sul e leste-oeste abrange a totalidade da terra de Canaã. Notemos a inclusão de Sodoma e Gomorra – cidades cuja destruição será narrada em Gn 19 – indicando já que parte da descendência de Canaã estava marcada pela corrupção e seria julgada por Deus. Assim, a maldição de Noé sobre Canaã (Gn 9) encontra eco nesses detalhes: os cananeus, abrangendo povos perversos como os sodomitas e os futuros inimigos a serem expulsos pelos israelitas, estão todos sob o sinal do juízo divino. O autor, longe de simplesmente catalogar etnias, está catequeticamente preparando o cenário para os conflitos espirituais e morais entre Israel e as nações vizinhas.

  • Verso 20:Estas são as famílias dos filhos de Cam, segundo as suas línguas, em seus países e nações.” – Fórmula conclusiva equivalente à de v.5 (Jafet) e v.31 (Sem). Reforça que os camitas deram origem a diversos clãs, línguas e territórios. A menção de “línguas” aqui, novamente, aponta para a realidade pós-Babel (múltiplas línguas), em contraste com o estado inicial de “uma língua” antes da dispersão.


Descendentes de Sem


Por fim, a genealogia focaliza Sem, o filho mais velho de Noé (provavelmente; cf. 10:21 onde pode-se ler “irmão mais velho de Jafé”). Sem é honrado como “pai de todos os filhos de Éber” (v.21) – destacando Éber porque dele virá a designação “hebreus” (ibri, descendentes de Éber). Essa linha genealógica de Sem é a que levará até Abrão (Gn 11:10-26), por isso tem importância especial. Em comparação com Cam, os povos semitas listados aqui são, em geral, aqueles com quem Israel teve relacionamentos positivos ou neutros na história bíblica. Podemos dividir os descendentes de Sem em dois grupos: (1) linhagem de Aram e outros; (2) linhagem de Arpachade até Éber e seus dois filhos (Peleg e Joktã).


  • Versos 22–23: São listados cinco filhos de Sem: Elão, Assur, Arpachade, Lude e Arã. Desses, alguns são facilmente identificáveis: Elão refere-se aos elamitas (civilização a leste da Mesopotâmia, na região do atual Irã); Assur é a Assíria (embora assírios falassem língua semítica, politicamente foram inimigos de Israel – sua presença aqui talvez reflita dados antigos ou a ideia de que, apesar de inimigos, eram “parentes” distantes semitas); Lude possivelmente ligado aos Lídios ou algum povo da Ásia Menor; Arã corresponde aos aramaicos (sírios), que tiveram muitos contatos com Israel (de Arã vieram Rebeca, Raquel, Léia – esposas dos patriarcas, cf. Gn 24 e 28). O texto destaca Arã, dando seus quatro filhos: Uz, Hul, Geter e Meseque (v.23). Uz é interessante por aparecer como o nome da terra de Jó (Jó 1:1) – possivelmente região ao sudeste de Israel, indicando que esse clã arameu se estabeleceu naquela área; “Hul, Geter, Meseque” não possuem referências claras fora daqui, sugerindo tribos aramaicas menores. O fato de sabermos pouco sobre esses nomes (Uz à parte) é destacado por comentaristas como sinal de que esses dados genealógicos são muito antigos – preservando lembranças de povos já obscuros, o que reforça a antiguidade da tradição utilizada em Gênesis 10.

  • Versos 24–25: A genealogia volta para Arpachade (filho de Sem), mostrando a linha direta: “Arpachade gerou Salá; Salá gerou Éber” (v.24). Então, a Éber nasceram dois filhos: Peleg e Joktã (v.25). Aqui há um comentário significativo: “porquanto em seus dias se repartiu a terra” – referindo-se ao nome Peleg, que em hebraico soa como “divisão” (Peleg vem de palag, “dividir”). O texto associa o nome do filho (Peleg) ao evento de “divisão da terra” em seus dias. A interpretação mais comum é que isto alude justamente à dispersão das nações e confusão de línguas em Babel. Ou seja, Peleg viveu durante o acontecimento narrado em Gn 11:1-9. Essa nota cronológica coloca a história da Torre de Babel no contexto genealógico: foi alguns gerações após o Dilúvio, quando já havia nascido a quinta geração a partir de Sem (Sem → Arpachade → Salá → Éber → Peleg). Assim, Peleg representa a época em que a humanidade, até então unida, foi dividida em vários povos. É interessante que a narrativa bíblica preserve essa etiologia onomástica, algo comum em Gênesis (dar significados aos nomes em função de eventos, ainda que nem sempre coincidam com etimologia “científica”). Peleg significa “divisão” e serve de memorial da divisão da humanidade. Enquanto Peleg simboliza a linha de descendência que leva a Abraão (Gn 11:16-26 continuará a partir dele), o outro filho de Éber, Joktã, representa uma ramificação lateral importante antes de focar em Abraão.

  • Versos 26–29: São relacionados 13 filhos de Joktã, o que indica que Joktã foi ancestral de muitos povos. Vários desses nomes podem ser identificados com tribos ou regiões na Arábia do Sul (Península Arábica), sugerindo que Joktã é protótipo dos povos árabes do sul. Por exemplo: Sheba (Seba) e Ofir são nomes bem conhecidos – Sabá (Sheba) lembra o reino da rainha de Sabá (cf. 1Rs 10), localizado no Iêmen; Ofir é famoso pelo ouro refinado trazido nos tempos de Salomão (1Rs 9:28) – possivelmente também localizado na Arábia ou na costa leste da África. Havilá (que reaparece aqui; outro Havilá já surgiu entre os filhos de Cush no v.7) também é associado a regiões ricas em ouro (Gn 2:11 menciona ouro de Havilá). Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá, Hadorão, Uzal, Dicla, Obal, Abimael e Jobabe completam a lista. Muitos destes têm identificação incerta, mas estudiosos ligam Uzal à antiga nome de Saná (capital do Iêmen), Hazarmavé ao nome da região de Hadramaut no Iêmen (até hoje chamada assim), e Jobabe alguns relacionam a uma tribo árabe mencionada como Yuhaybib. Em suma, os joktânidas parecem ser povos árabes do sul, indicando que, para o autor, a família de Sem abrange também nações árabes. Isso faz sentido considerando a proximidade cultural e até alianças comerciais desses povos com Israel (p.ex., Sabá no tempo de Salomão). Assim, enquanto de Peleg sairá o povo escolhido (através de Abraão, descendente de Peleg), de Joktã saíram outras nações semitas com as quais Israel manteve contato.

  • Verso 30: Indica a região geral habitada pelos joktânidas: “desde Mesa, indo até Sefar, montanha do Oriente”. A localização exata de “Mesa” e “Sefar” é incerta. Provavelmente Mesa marca o limite ocidental ou norte da área ocupada pelos filhos de Joktã, e Sefar o limite oriental. Alguns sugerem que Mesa seria alguma localidade próxima ao Golfo de Áqaba ou na Arábia Ocidental, enquanto Sefar poderia ser montanhas no extremo leste do Iêmen/Oman (montanhas do Dhofar, por exemplo). Em todo caso, o texto indica que os descendentes de Joktã se espalharam por uma vasta região da Arábia Meridional, do oeste ao leste, consolidando a ideia de que eles deram origem a tribos árabes dispersas.

  • Verso 31: “Estas são as famílias dos filhos de Sem, segundo as suas famílias, as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas nações.” – Frase de conclusão equivalente às anteriores, enfatizando que dos semitas vieram diversos clãs, línguas, territórios e nações. Encerrando o catálogo de Sem, o autor explicitamente menciona “línguas” também aqui, lembrando de novo que, embora Sem seja visto como pai de povos “irmãos” de Israel (e.g. arameus), eles também acabaram espalhados e linguísticamente diversos.


Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio.” – Este versículo conclui todo o capítulo resumindo o ponto principal: todas as nações da terra descenderam dos clãs dos filhos de Noé e se espalharam “sobre a terra, depois do dilúvio”. Observemos o eco com o verso 1: lá anunciava-se “filhos nasceram depois do dilúvio” aos filhos de Noé; aqui fecha-se dizendo que dessas linhagens “se disseminaram as nações depois do dilúvio”. Essa inclusão literária (menção dupla ao dilúvio) dá unidade ao capítulo e o amarra tematicamente ao juízo anterior. Também prepara uma conexão com o próximo juízo: a palavra mabbul (“dilúvio”) em hebraico soa parecido com Babel, e já antecipa o nome-chave do capítulo 11. Em suma, Gênesis 10 nos deixa com a visão de uma humanidade diversificada em povos e línguas, espalhada pela terra em cumprimento parcial do mandato divino, porém não explica como essa diversidade de línguas surgiu. O leitor antigo provavelmente já conhecia a resposta por tradição; de qualquer forma, o capítulo seguinte vem para contar essa história.

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